Eu nem sei por onde começar a
retrospectiva. Foi um ano de muitos altos e baixos, de azar quase crônico. Foi
um ano surpreendentemente interessante, ultrapassei meus próprios limites,
conquistei novas amizades, algumas pessoas simplesmente saíram da minha vida e
hoje está claro o motivo e que também foi melhor assim.
Consegui me formar na faculdade
dentro do tempo previsto e com alguns méritos. Sinto falta de todas as pessoas
que me acompanharam neste curto período da faculdade, porque era sempre uma
risada sincera, uma bagunça divertida e com certeza amizades que levo comigo
para sempre e pretendo não perdê-las de vista.
Profissionalmente falando não há
do que reclamar cada dia uma nova experiência, uma nova oportunidade de
aprender coisas novas e de passar também este conhecimento para os outros, o
que é bem gratificante.
Confesso que desejei algumas
vezes o fim do mundo, querendo ou não quando o coração não está bem não importa
quão boa sua vida esteja, parece que sempre existe um vazio a ser preenchido e
isso me acompanhou durante um bom tempo.
Se colocar numa balança foram
muito mais coisas boas do que ruins, a sensação das coisas ruins perdura um
pouco mais que a alegria das coisas boas, mas em quantidade as boas superam de
tal forma que eu tenho vontade de sorrir sozinha no meu quarto, só de lembrar.
Aprendi esse ano como consertar
um coração destroçado com o tempo, que a gente realmente não consegue tudo que
deseja, que é possível amar e é difícil se fazer amado, porque não depende da
gente.
Fiz pelo menos dez amizades que
vou levar pra vida inteira, e uma em especial que me ensinou muito sobre mim
mesma, que consegue me derrubar e me levantar ao mesmo tempo, que me fez
aceitar o rumo das coisas e que me faz sorrir sem querer. Eu tenho uma mania
estúpida de tentar estragar essa amizade a cada momento, mas ainda bem que
nunca obtenho êxito não acho que iria aguentar perder isso.
Aprendi que é possível viver
sozinha e ser feliz mesmo assim. Aprendi que é possível me amar mais do que
qualquer outra pessoa, aprendi também que não estou imune ao sofrimento dos
próximos amores e que estou pronta pra isso, mais madura e mais polida. Eu aprendi que para sorrir não precisa de
piada, que para chorar não é preciso tristeza, aprendi que para cair bastar
estar de pé, e que o mundo nunca para de girar e a nossa vez de fazer dar certo
acontece de vez em quando e é necessário saber enxergar a hora certa.
Minha família como parte essencial
de tudo, estrutura que me segura quando o mundo desaba e agora ela está crescendo
mais ainda e não existe felicidade maior que essa.
Cara, que ano incrível. Fiz
tantas coisas absurdas, tantas coisas que jamais pensaria que faria. Alcancei
um patamar em que não preciso de muita coisa para estar feliz, em que é
extremamente necessário fazer cada momento valer a pena, porque raramente
existem segundas chances, e eu não vou mais deixar minhas chances passarem. E resumindo
tudo, o número de lágrimas que despejei não superará nunca o número de alegrias
e momentos felizes que tive e se for ver, pra mim, isso já basta.
Que venha 2013, cheio de promessas cumpridas e de oportunidades bem aproveitadas.
Comentários
Um beijo querida, incrível irmã!!!