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O que fazer quando você encara o espelho e não gosta do que vê, olha a carteira e não sabe o que fazer, olha para a vida e não encontra saída. Talvez o sentido seja mesmo não ter sentido algum que nos faça acreditar que será melhor assim, talvez seja necessário revirar as gavetas e encontrar uma peça velha da alma que há tempos não vestia, talvez o risco seja menor se o prazo for curto. De qualquer maneira, não será como o previsto e com certeza será pior.

A ideia de caos e inferno se equiparam aos questionamentos sem retorno, às ideias sem argumentação conclusiva, é difícil hoje em dia pensar no amanhã quando até o hoje muda com tanta rapidez. Olhar para o horizonte e achar que pode encostar na lua é tão ilusório quanto achar que algo novo e desconhecido é melhor que algo conhecido e bem batido. Zona de conforto. É disso que as pessoas se queixam, mas não sabem. Pensam que estão no mesmo trabalho por dinheiro, quando na verdade a lei do menor esforço nos leva a crer que está bom assim, pois conhecemos o caminho e sabemos voltar pra casa em segurança. Da mesma maneira, qualquer pensamento diferente em dimensão e impacto também é trabalhado de forma que nosso corpo sofra menos, e por isso optamos por continuar seguindo em frente, e ignorar as curvas e bifurcações.

Bom, pensando desta forma a única saída que particularmente acredito que exista é a de conhecer a si próprio e ter certeza de suas convicções, saber o que quer e onde quer chegar são fatores importantes para algumas tomadas de decisões. Claro, falando assim parece fácil, mas para algumas pessoas para conseguirem se conhecer de verdade perdem-se anos de terapia, pilhas de livros e até mesmo textos aleatórios em blogs. Difícil mesmo é encontrar as entradas, pois as saídas sempre existirão, as fáceis fazem parte do nosso caminho e também da nossa rotina, as difíceis estão perdidas em curvas e nos forçam a conhecer novos lugares que até então não sabíamos da existência e que com certeza será bem diferente do imaginado, positivamente ou negativamente, infelizmente, é um risco que se corre.