Far away from here...

Tudo bem, eu poderia começar com uma lista gigante sobre o que quero fazer em 2010, as metas estão traçadas faz um tempo, então só vou reforçar aumentando a letra na lista que fica na cabeceira de minha cama, por isso vamos seguir com mais um post comum.

Feliz 2010!!!

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E naquele dia em que os pássaros passaram tão perto de sua cabeça ela percebeu que não sabia para onde ir, mas que também não queria ficar, nem poderia depois da cena horrível no bar, ela ainda tem flashs de memória em sua cabeça que, na verdade, não gostaria nem de lembrar, prometeu nunca mais beber, muito.

Soava tão patético e mesmo assim ela cortou a calça, fazendo-a se tornar um mero shortinho de verão, foi até a estrada e com o polegar e a perna exposta pediu carona. Ficou horas embaixo do sol que parecia fritar sua pele. Enfim, desistiu da idéia e se arrependeu pela calça, já que, como sempre, esfriou um pouco a noite, voltou para a conveniência do posto e perguntou se tinha algum quartinho para dormir somente por algumas horas, claro que pelo menos para isso o short ajudou, o frentista com cara de ator de comédia (aqueles gordinhos desajeitados que no fim se dão bem) lhe mostrou o quartinho, ela tossiu por causa do cheiro de cigarro barato que havia lá, mas achou as prateleiras inusitadamente limpas e bonitinhas. Dormiu.

Bam bam bam. Bateram na porta e “hey, garota! Acorde, já amanheceu!”, acordou com a maquiagem mais borrada que o dia anterior, mas colocou um sorriso no rosto e tentou ganhar o café da manhã, já abusando da boa vontade do simpático frentista, e conseguiu, claro. Foi para a mesma estrada do outro dia, e com o polegar para cima e o indicador na bochecha encenou uma arma e atirou em si mesma numa tentativa vã de servir para alguma coisa.

Não teve jeito, andou alguns quilômetros e meio em direção a cidade e não acreditava que não conseguia nem arranjar uma carona sozinha, indignada foi seguindo o caminho mais doloroso, o de sua casa.