Momentos de histeria

Sim, era disso que eu precisava um pequeno devaneio em meio a sentimentos que não saem da minha cabeça e que me cortam a garganta. Droga, eu nem imagino como me livrar deles. Eu vou ridicularizar esse texto, pois não consigo expressar-me sem usar um vocabulário esdrúxulo quando se trata deste assunto. Senhor Destino, é com muita dor no coração que te chamo de um grande merda, um grande merda não, um grande monte de merda. Melhor. Sinto-me melhor, não sei porque insisto em culpá-lo quando sei que domino tanto minhas razões quanto minhas emoções, tanto que até quando quero falar de meus sentimentos não consigo nenhum momento de impulsividade e agressividade, só consigo me expressar pensando mil coisas antes de abrir a boca e cuspir essas porcarias de sentimentos, isso quando eu cuspo de verdade, gostaria mais que fosse um tsunami de palavras sem sentido e que significassem tudo o que meu cérebro processa, o coração eu nem sei mais pra que serve, faz um tempo não penso com ele. Será que ele ainda existe?

No momento eu escuto uma música animada e tento achar o significado desse texto, pensando se devo mesmo postá-lo ou jogar fora assim que terminar. Por que eu não consigo simplesmente falar e falar e falar? Tenho que pensar também? E ainda tento me convencer de que amanhã cedo será outro dia radiante de sol e pássaros, mas quando a realidade cai sobre meus ombros eu sei que acordarei no mesmo lugar onde parei antes de adormecer. Cadê o tempo? Cadê minha lucidez? Essa droga de devaneio vai acabar com a reputação do meu blog, mas talvez seja esse o intuito. Mostrar a verdade escarrada como diz um amigo. Mostrar que não são só flores que encontramos no meio do caminho, que de vez em quando vem uma sombra de dúvida, de medo, de tensão e cobre a nossa visão.