Descobrindo o amor

- Sabe, doutora, tenho me sentido tão estranho, sei lá, as minhas mãos ficam suando, não consigo me concentrar...

- E isso acontece com que freqüência?

- Não sei, a maior parte do tempo é na escola, mas em casa é pior, minha mãe fica me perguntando por que eu to tão avoado.

- Hum... e no que você fica pensando?

- Ah, muitas coisas, mas na maior parte do tempo eu fico lembrando das conversas que eu tenho com a Alice, ela é muito legal, muito linda... aiai.

- E quando você conversa com ela você fica nervoso?

- Nossa, demais, demais mesmo, não sei por que...o que será hein?

- Bom, eu tenho um palpite, mas é você que tem que perceber sozinho e tirar suas próprias conclusões...

- Ah, doutora, fala aí vai.

- Ta bom, mas pensa bem antes de fazer alguma coisa, ok?

- Ok.

- Então, eu acho que é amor.

- Amor?

- É, amor, aquele sentimento que move o mundo...

- Será? Era só o que me faltava!

- O que você acha?

- Ah, não sei doutora, nunca fiquei assim...

- Então, tudo bem, a gente conversa na próxima semana e trabalha nisso junto.

- Ta bom, valeu.

Chegou em casa suspirando e pensando na conversa e na possibilidade de ser realmente amor, e ao mesmo instante seu coração acelerou e sentiu um frio na barriga, logo pensou:

- Ih, é amor... e agora?