Ao som da vida



A vida é como uma música que nunca acaba e que vira e mexe cria um novo refrão.
Começa doce, uma melodia gostosa, sem demonstrar muito a que veio e quando a gente se dá conta já está dançando sozinho pela sala com um sorrisinho besta no rosto e nos giros, ao vento do ventilador é que se percebe que o som vem é de dentro e vibra como a batida de uma música eletrônica, e às vezes grita como um solo de guitarra.
E no ritmo desse bumbo gigante as vezes nos vemos presos em um refrão que nunca para de se repetir, mais parecem aquelas músicas grudentas que começam como febre e terminam com um desprezo daquela rotina que nunca muda.
De qualquer forma, vez em quando a vida é valsa, flutuando lisa pela pista e com rodopios ensaiados, que aos olhos alheios soa tão perfeito que parece não existir mais nada além daquele momento e o som do piano ao fundo.
Hora ou outra, a vida se transforma em uma mistura gostosa de sertanejo com pagode que você não sabe se sai pro arrocha ou se sai sambando por aí ao som da mão acelerada no pandeiro. Mas que é gostoso apenas ver as pessoas dançando e descansar os pés isso ninguém nega, faz bem pra alma.
E às vezes a vida é simplesmente um baile funk, você não sabe muito bem porque está ali, mas quando chega sente a energia e já sai rebolando na multidão como se tudo que existisse fosse o batidão e ninguém pudesse te segurar seguindo o baile.
Tudo bem, nem sempre é assim tão agitado e está tudo bem, afinal para cada fase existe uma canção, e seja no timbre de Marisa Monte ou aos gritos de Slipknot, a vida nunca perde seu ritmo e simplesmente aproveitar cada nota faz tão bem que ninguém liga se desafinar, porque daí é só ajustar e continuar acompanhando, até porque, o refrão sempre volta, mas sempre podemos contar com o clímax de uma música boa, basta procurar pela batida que te faz feliz.

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